Turismo, manejo de uso público e a percepção dos visitantes: Coleta de dados e pesquisa em áreas protegidas
Parque Estadual de Vila Velha: Turismo, manejo de uso público e a percepção dos visitantes: coleta de dados e pesquisa em áreas protegidas
A Universidade de West Virginia (WVU) em parceria
com o US Forest Service- International Programs (Programas Internacionais (PI)
do Serviço Florestal dos EUA) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
pretendem desenvolver este projeto, no sentido de propor melhores práticas em
turismo e manejo de uso público em Unidades de Conservação selecionadas do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
principalmente na região amazônica brasileira. A parceria proposta permitirá
que os pesquisadores envolvidos trabalhem em um período de cinco anos, com
fundos sendo alocados anualmente (na medida em que estejam disponíveis pelas
entidades integrantes da proposta). Inicialmente, o foco primário são UCs da
Região amazônica. O projeto será iniciado na FLONA Tapajós, UC que já recebe
visitantes. Por outro lado, no sentido de realizar comparações, dados serão
coletados também no Parque Nacional dos Campos Gerais no Paraná, que possui sua
sede na mesma cidade em que está localizada a UEPG, Universidade Estadual de
Ponta Grossa. A intenção é a de que esse projeto inicial seja um modelo, que
permitirá que o ICMBio replique os instrumentos de coleta de dados e as
metodologias de pesquisa em outras UCs de outras regiões. Tal estudo servirá
como base para a criação de uma base de dados de monitoramento da percepção de
uso pelo visitante? Um banco de dados inicial que tem como objetivo permitir
que os gestores do ICMBio, pesquisadores e instituições envolvidas possam
compreender melhor as UCs pesquisadas. Este projeto também vem de encontro ao
objetivo dos Programas Internacionais do Serviço Florestal dos EUA, ou seja,
promover o manejo sustentável de florestas no exterior, especialmente em áreas
de recursos naturais brasileiros na região amazônica. Além disso, outras
parcerias também poderão integrar este projeto, sob a orientação do Serviço
Florestal dos EUA e coordenação da Universidade Estadual de Ponta Grossa e
auxílio da Universidade de West Virginia.
Parque Estadual de Vila Velha: Turismo, manejo de uso público e a percepção dos visitantes: coleta de dados e pesquisa em áreas protegidas
O projeto busca auxiliar os gestores do Parque Estadual de Vila Velha
(PEVV) a desenvolverem melhores programas de uso público e manejo de visitação.
Assim o projeto traz benefícios para a conservação da natureza pois a aplicação
dessas pesquisas possibilitará um maior entendimento sobre a UC, e as melhores
práticas a serem executadas pelos gestores do PEVV. A metodologia utilizada
será a pesquisa bibliográfica e de campo, seguindo determinadas etapas como: -
preparação de um plano de trabalho, detalhando a coleta de dados em campo em
cooperação com o PEVV: - desenvolvimento dos instrumentos de coleta de dados
que serão utilizados; - coleta de dados através de questionários, a serem aplicados
diretamente na UC com os visitantes; - incorporação dos dados em um banco de
dados, análise e interpretação dos dados; e elaboração do relatório final do
projeto. Os resultados esperados com o projeto são o desenvolvimento de uma
linha de base de dados de manejo de visitantes, possibilitando a criação de um
processo de dados sistemático similar em áreas protegidas do Paraná, o que
resultará em uma metodologia precisa e que será mais confiável. Os benefícios
esperados para os pesquisadores são apresentações dos resultados em simpósios e
conferências; realização de estudos de Iniciação Cientifica (graduação) e
pós-graduação envolvendo os dados coletados; e artigos científicos em
co-autoria entre os pesquisadores e parceiros. Para a conservação, o benefício
esperado é entender melhor a UC e seu processo de visitação, para assim,
baseando-se cientificamente em respostas, os gestores poderem tomar melhores
decisões de manejo.
Elaboração de meios interpretativos voltados ao público visitante de
áreas naturais dos Campos Gerais
As áreas naturais protegidas são os locais ideais para implantação de
programas de Educação Ambiental, já que podem ser considerados verdadeiros
laboratórios vivos que propiciam o aumento de conhecimento e o contato direto
com o meio ambiente. Estimular esse tipo de experiência, em conjunto com a
transmissão de conceitos ecológicos e o incentivo a um processo de inclusão de
todos os segmentos das comunidades locais, pode trazer novos valores que
contribuem para um envolvimento à conservação e ao exercício pleno da cidadania
(PÁDUA & TABANEZ, 1997). Entretanto, meios interpretativos são escassos no
Brasil de uma forma em geral e especificamente nos Campos Gerais. Deste modo,
este projeto visa preencher esta lacuna, ao propor esses meios que favorecerão
a interpretação ambiental na região. São objetivos: Perceber a importância da
Interpretação Ambiental em atividades realizadas em áreas naturais; Identificar
diferentes meios interpretativos que podem ser utilizados nos Campos Gerais; Compreender
a relação entre os meios interpretativos e o turismo realizado em áreas
naturais; Planejar meios interpretativos adequados à realidade da região.
Elaboração da proposta do Geopark de Fernando de Noronha – PE
Projeto
Geopark Fernando de Noronha: Fernando de
Noronha (PE) é um arquipélago de 26 km2 contando com uma ilha principal e
englobando duas Unidades de Conservação: um Parque Nacional Marinho e uma Área
de Proteção Ambiental. A ilha possui praias de beleza ímpar, fortalezas e
monumentos históricos, flora e fauna notáveis. Os aspectos relacionados com o
vulcanismo são evidentes na paisagem e o ecoturismo é a principal fonte de
renda dos ilhéus. O Serviço Geológico Brasileiro realizou estudo técnico para
embasar a proposta e 26 geossítios foram identificados e cadastrados, tais como
o Morro Dois Irmãos, Mirantes do Sancho, Atalaia, Leão, Golfinhos e Baía do
Sueste, entre outros. Desde 2006 vem sendo realizadas pesquisas sobre o tema na
ilha. Palestras foram ministradas em 2007, 2008 e 2012. Em 2007 foi realizado o
Curso de Condutor de Geoturismo, em 2009 foi lançado o Guia Geológico de Bolso
e em 2012 foi apresentado um pôster no Encontro Europeu de Geoparks em Arouca.
Para auxiliar na proposta, cabe ressaltar o Programa Noronha Mais 20, documento
que foi amplamente discutido pela comunidade desde 2010, em que são definidas
as metas e estratégias de desenvolvimento sustentável para a ilha. Em 2013 foi
realizada uma apresentação da proposta de uma possível candidatura na reunião
dos conselheiros do Parque Nacional Marinho, que foi aprovada por unanimidade.
Assim foi criado um Grupo de Trabalho (GT) para consultar a comunidade e
elaborar o dossiê. O GT é formado por participantes de entidades como o ICMBio,
Projeto Tamar, Centro do Golfinho Rotador, Administração do Arquipélago,
Conselho Distrital, Memorial Noronhense, Associação dos Condutores, Secretaria
de Meio Ambiente, UFPE, IPHAN, trade turístico e a UEPG. O Grupo já montou um
plano de ação, sendo que as próximas ações envolverão a captação de recursos,
sensibilização da comunidade para o tema, criação de folders, disponibilização
de informações em um website, além de um evento sobre a temática.
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